sexta-feira, 13 de maio de 2011

HISTÓRICO DE CAMARAGIBEPDFImprimirE-mail
No início do séc XVI, se tem a formação da população de São Lourenço da Mata, que foi reconhecida em 1621 como Freguesia e, a 13 de outubro de 1775 foi criado o distrito de São Lourenço da Mata. Recebendo a denominação de município em 1884, desmembrando-se dos municípios de Recife e Paudalho, ocorrendo a sua instalação em 10 de janeiro de 1890. Na sua divisão administrativa o município de São Lourenço da Mata contava com três distritos: São Lourenço da Mata, Nossa Senhora da Luz e Camaragibe.
O distrito de Camaragibe foi criado pela Lei Municipal nº 21, de 05 de março de 1908, seu nome decorre do engenho Camaragibe. Na Divisão Administrativa e Judiciária do Estado para vigorar no qüinqüênio 1939-1943, o nome do distrito aparece grafado Camarajibe.

Em 20 de dezembro de 1963 a Lei Estadual nº 4.988 elevou o distrito à categoria de município, o qual foi extinto em 06 de julho de 1964, por acórdão do Tribunal de Justiça, mandado de segurança nº 59.906, sendo seu território reanexado ao do município de São Lourenço da Mata. Sendo novamente elevado a categoria de município só em 14 de maio de 1982, desmembrando-se de São Lourenço da Mata, segundo a Lei 8.951 do Diário Oficial do Estado de Pernambuco.

O primeiro mandato do governo municipal foi exercido pelo Prefeito Carlos Josimar Lapenda (1984 -1988), seguido dos prefeitos:

Arnaldo Gonçalves Guerra – (1988 – 1992);

João Ribeiro de Lemos – (1992 – 1996);

Paulo Roberto de Santana – (1996 – 2000);

Paulo Roberto de Santana – (2000 – 2004);

João Ribeiro de Lemos – atual prefeito (2004 – 2008);

No que hoje chama-se município de Camaragibe, encontra-se uma série de outras denominações ao longo do percurso histórico.
Em seu espaço pode-se observar um conjunto de usos e ocupações, representado por toda a sorte de equipamentos residenciais, industriais, de comércio e serviços públicos e privados que surgiram em diferentes fases do desenvolvimento da sociedade local.
Por volta do séc. XV, o território era ocupado de forma predominante por uma população Ameríndia (Índios), que se distribuíam em pequenas aldeias, contudo seus registros são escassos. Entretanto, segundo as parcas documentações havia abundância e forte exploração do pau-brasil, esta atividade extrativa comercial dava-se entre os nativos e os europeus. Estes detinham relações sócio-econômicas baseadas na exploração pela força ou através do escambo (troca de mercadorias). Cabe ressaltar que tal comércio em muito influenciou na aglomeração de pessoas e posteriormente a construção de engenhos. A agroindústria açucareira aparece como principal fonte econômica do território de Camaragibe desde meados de 1500, constando no local um bom número de engenhos. Destes destacava-se o Engenho Camaragibe, que tem seu funcionamento datado desde 1549, segundo menção em carta de Duarte Coelho (1º Donatário da Capitania) dirigida ao Rei de Portugal, D. João III, datada de Olinda 02 de maio de 1550. O engenho tornou-se um dos mais prósperos, o que levava a um significativo comércio de açúcar, de escravos e de bens e serviços voltados para esta atividade. No município de Camaragibe verifica-se nos fins do séc. XIX a passagem de uma economia de agroindústria da cana-de-açúcar para outra fundamentada numa economia de base industrial-textil e, em seguida com o declínio das industrias nas décadas de 80 e 90 o terciário assume a predominância como atividade de base da atual economia municipal.
Entretanto, vale ressaltar que a economia de Camaragibe sempre esteve atrelada ao desenvolvimento econômico da capital, que enquanto município conurbado, detem relações de proximidade sócio-econômica, presente nas interações de complementaridades e dependência de sua base econômica, dos serviços de infra-estruturas educacionais, hospitalares, de transporte de cargas e passageiros, alem de serviços de suporte como os financeiros, entre outros. O que demonstra o complexo nível de interações que envolve o território de Camaragibe.

Fonte: CAMARAGIBE-SEPLAMA, Perfil Municipal de Camaragibe. 2007.

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